quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Winds of Amnesia

Já lá vai um mês e não se avistam quaisquer notícias desta bestinha... Ficamos siderados, irresolutos e contemplativos perante tal marasmo, que indirectamente entorpece o espírito. Custará assim tanto largar umas breves palavras, por mais inconsequentes que sejam? Prefiguram-se manchas nalgum horizonte acabrunhado ou haverá algum impasse melancólico em propagação? Respostas, levou-as o vento nocturno, e com elas o "eu". Porém, sinto por vezes aquela vexada necessidade de voltar a mim e ver com olhos de ver, ainda que para tal tenha de fugir da tormenta que apelidamos de tempo e que tudo arrasta. Mas não será essa a questão fulcral, não seremos nós fugitivos de um tempo que tudo abarca, não serão os melhores momentos marcadas pela ausência desta variante omnipresente. Como são execráveis os medidores de tempo, recordam-nos constantemente da nossa condição de escravos. Todavia excedo-me, trata-se apenas de um mero assunto matemático, nada que umas contas bem feitas e uns cálculos devidamente realizados não resolvam. O tempo tem unidades de medida, as unidades de medida convertem-se em números, e os números são o fundamento, pena é que eu não seja uma máquina capaz de os processar da forma mais produtiva...