quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Mestre

Em silêncio, eis que ele contempla o vazio infinito. O seu mordaz entendimento questionando e duvidando da realidade envolvente. Uma constante romaria, um pulsar anacrónico, um vendaval desprovido de intento - quão estranhos e imperceptíveis tais costumes humanos parecem à luz da sua felina concepção. A curiosidade infantil há muito que abandonou o seu olhar, no seu lugar jaz somente a atenção piedosa do mestre ancião observando um singelo jogo de crianças. Tal é a natureza das ingénuas criaturas em seu redor, insistindo em ansiar, em desejar, em almejar... Talvez seja essa a sua quintenssência, talvez aí resida a sua força motriz; contudo é-lhe difícil evitar o suspiro - que desperdício... Em silêncio ele medita friamente: será talvez melhor assim, a verdade despojada está para lá da simples compreensão de tão modestas criaturas.

2 comentários:

pearl disse...

Sim, que desperdício... podias estar a brincar com ele ou a afagar o seu lindo pêlo...

Carla disse...

Olá,

Desculpa o abuso de utilizar o teu blog para esta minha curiosidade mas o nome Marovas recorda-me alguém que conheci há muitos anos atrás... Aqui vai! Por acaso não tens algum familiar que se chama Filipe, provavelmente com cerca de 34, 35 anos?

PS 1- Espero que isto não sirva de inspiração para um post.

PS 2- Se puderes dar resposta, aqui tens o meu mail: carlammsilva@gmail.com

PS 3- Elimina o comentário :)

Carla