Não sonhava, mas também não estava desperto. Um estado de letargia paralisante entre dois Mundos distantes. Surge uma figura sentada sobre os calcanhares, em toda a sua dimensão o preto, todavia a cor não advém nem da roupa nem da pele... são as trevas que envolvem o vulto por inteiro. Distinguem-se um manto negro e longos cabelos escuros que se afastam da face à medida que o seu olhar desliza na minha direcção. Um rosto funesto, uma expressão nefasta, um olhar vazio, uma presença de cortar a respiração. Não existe temor nem receio, apenas ansiedade enquanto permaneço em plácida contemplação. Abro os olhos, a figura desaparece (ou foge) e a recordação esforça-se por iludir a memória que a muito custo a preserva. Adormeço para não mais o encontrar. O que observava eu, e porquê motivo me parecera tão fascinante e familiar...?
Há 6 anos
1 comentário:
gostei!
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