Esqueço-me deles, recalco-os, e desejo-os com todo o meu ser. São os abismos que clamam por mim. Na mais pura escuridão abandono-me na força invisível sinónima de ignição, na pérfida penitência que convida ao almejado tormento...o catalisador acutilante de uma superior forma de sofrimento.
Como uma torrente de lava negra que tudo profana...
A fenda negra absorve os pensamentos e entorpece os nervos. Dilacerado por dentro, os meus olhos toldam-se de fascínio niilista que vêem na absoluta descrença o mais elevado e pernicioso dogma. O abismo expande-se e toma conta de mim...desta vez nada ficará por mortificar.
Como uma torrente de lava negra que tudo extermina...
O vórtice de entropia anuncia a arcaica escravatura: o fado primordial. Encoberto pelo extâse, lanço-me ao desespero, renuncio à redenção e encontro-me a mim mesmo.
Como uma torrente de ardor que tudo consome...
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