segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

No Limiar Oculto da Demência - Pt.4

Carter respirou fundo no desconforto do seu execrável quarto e procurou focar-se no esplêndido lucro que iria adquirir muito em breve. A lâmpada por cima de si fazia agora intervalos de escuridão demasiado prolongados. Num desses breves períodos de fatídica luminosidade pôde observar algo de feitio insectívoro, talvez aracnídeo, junto à construção que se assemelhava a uma teia cor de vulto. No andar de cima emergia novamente uma voz embutida de ódio e agressão. "A pobre velha está cheia de sorte se conseguir sobreviver mais uma noite" - pensava Carter para si mesmo.
"Acreditas em consciência Carter?"
"Se acreditasse não estava aqui agora" - respondeu ele ao ser aracnídeo.

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